-
Este novo relatório anual, Dinâmicas do desenvolvimento em África, analisa as políticas de desenvolvimento do continente. Apresenta uma narrativa inovadora sobre o desenvolvimento africano, avaliando o desempenho económico, social e institucional à luz das metas da Agenda 2063 da União Africana. Esta primeira edição examina as relações entre o crescimento, o emprego e as desigualdades em África e elabora implicações estratégicas para as políticas públicas.
-
Esta primeira edição do Relatório económico anual da Comissão da União Africana, produzido em conjunto com o Centro de Desenvolvimento da OCDE, desempenha um papel no aprofundamento do projeto de integração e de transformação africana, tal como estabelecido pela adoção da Agenda 2063 em janeiro de 2015 e da Zona de Livre Comércio Continental em março de 2018. Estas iniciativas pan-africanas constituem marcos ao longo do caminho rumo a uma África unida, integrada, pacífica e próspera que possa participar plenamente na governação internacional.
-
-
-
Dinâmicas do desenvolvimento em África 2018 examina as políticas para a promoção do crescimento inclusivo, a criação de empregos e a redução das desigualdades. Estas políticas, por sua vez, visam alcançar as aspirações da Agenda 2063 de “uma África próspera baseada no crescimento inclusivo e no desenvolvimento sustentável” e cumprir os objetivos do Primeiro Plano Decenal de Implementação 2013-2023. As dinâmicas do crescimento, do emprego e das desigualdades dependem igualmente da integração africana na economia global e das megatendências que afetam o continente.
-
Este capítulo analisa a trajetória geral do desenvolvimento em África e a sua posição na economia global desde 1990. Em primeiro lugar, analisa os determinantes, as componentes e as dinâmicas do crescimento do produto interno bruto e o impacto destas na criação de emprego e na desigualdade. A análise propõe, então, cinco razões pelas quais África necessita de melhores padrões de crescimento em função das metas de desenvolvimento da Agenda 2063. A segunda parte do capítulo examina percursos de crescimento que os mercados regionais e globais oferecem às economias africanas. O capítulo apresenta os desafios de políticas para impulsionar a competitividade interna, desenvolver mais os mercados internos e desbloquear o potencial dos investimentos.
-
-
Este capítulo apresenta cinco megatendências que moldarão as dinâmicas do desenvolvimento africano na próxima década. A primeira megatendência corresponde ao reforço do papel dos países emergentes na economia global (também referido como “deslocação da riqueza”). A segunda é a nova revolução da produção provocada pela mudança tecnológica e pela digitalização. A terceira megatendência relacionase com o crescimento demográfico do continente, que pode trazer “dividendos demográficos” se os países implementarem as políticas certas. A quarta megatendência é a rápida urbanização, que afeta a estrutura económica de muitos países, as condições de vida e a governação em vários níveis. A quinta megatendência é constituída pelas alterações climáticas, que requerem estratégias inovadoras e sustentáveis de “crescimento verde”. O capítulo avalia, para cada uma destas megatendências, os principais riscos, oportunidades e implicações de políticas para os países africanos.
-
-
Este capítulo aborda as interligações entre crescimento, emprego e desigualdades na região da África Austral (África do Sul, Angola, Botswana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbabwe). Analisa os fatores impulsionadores do crescimento e a necessidade de diversificação da economia. O capítulo demonstra, também, os desafios subjacentes à relação entre a falta de empregos de qualidade e as desigualdades na África Austral. A análise salienta a heterogeneidade dos países e os problemas comuns que estes enfrentam. O capítulo inicia-se com o perfil económico da região. As três secções subsequentes apresentam a evolução do crescimento, do emprego e da pobreza e desigualdade económica na região. Segue-se o debate sobre as relações entre desigualdade, emprego e crescimento económico, sendo as recomendações apresentadas na secção final.
-
-
Este capítulo apresenta as tendências e os determinantes do crescimento, do emprego e das desigualdades na África Central (Burundi, Camarões, Chade, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, República do Congo e São Tomé e Príncipe). Além disso, aborda a composição setorial das economias da região, bem como as dinâmicas da produtividade, da criação de emprego e da desigualdade de oportunidades e de rendimentos. O capítulo analisa igualmente o papel das transformações estruturais na redução da vulnerabilidade da região face às flutuações dos preços internacionais das matérias-primas.
-
-
-
-
O crescimento revelou-se altamente instável no Norte de África, com um investimento interno volátil e ganhos de produtividade desadequados. O emprego e as desigualdades continuam a representar grandes desafios, apesar da vitalidade dos mercados laborais em alguns países e da diminuição da desigualdade. Este capítulo reconsidera as dinâmicas e os fatores determinantes destes elementos, nos países para os quais há dados disponíveis. Em seguida, sugere formas de revitalizar a atividade económica, reduzindo simultaneamente o desemprego e a desigualdade. As principais soluções propostas neste capítulo englobam: a promoção da estabilidade política, a aceleração da transformação estrutural da economia e a introdução de novas políticas direcionadas para o emprego dos jovens e das mulheres.
-
-
Este capítulo analisa as dinâmicas económicas dos 15 países da África Ocidental (Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Côte d’Ivoire, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné- Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo), entre 1990 e 2015. O forte crescimento económico da região pode ser prejudicado pelo desemprego jovem ao mesmo tempo que a existência de um crescimento endógeno e inclusivo depende do reforço da integração regional. O crescimento da população, da procura regional e de uma classe média emergente representam grandes oportunidades para o desenvolvimento da África Ocidental. Para que estas oportunidades sejam aproveitadas, será necessária a implementação de políticas eficientes e a criação de mais empregos na economia formal.
-
-
Este relatório propõe dez ações de políticas públicas para enfrentar os desafios do crescimento, da criação de emprego e das desigualdades em África. Estas recomendações são fundadas em três pilares: o desenvolvimento económico sustentável, o desenvolvimento social e o desenvolvimento institucional. Para manter o desenvolvimento económico, os governos africanos devem ter em conta a melhoria dos investimentos, a diversificação das exportações, as interligações entre os espaços rural e urbano e o crescimento verde.
-
-
Os dados usados nesta primeira edição de Dinâmicas do desenvolvimento em África foram compilados e apresentados em tabelas no website do Centro de Desenvolvimento (www.oecd.org/development/africa-s-development-dynamics-2018-9789264302501-en.htm) juntamente com alguns indicadores sociais e económicos que contextualizam a análise do relatório. Os valores são apresentados numa base nacional para os países africanos para os quais há dados disponíveis.