• Este capítulo analisa as condições macroeconómicas em diversas regiões e países em África, bem como no continente africano no seu todo. A análise salienta a forma como a queda dos preços do petróleo e das matérias-primas, a volatilidade do contexto global e a incerteza das condições políticas no plano interno estão a afetar muitas economias africanas, abordando a forma como os governos têm respondido a estes desafios. O capítulo analisa o crescimento económico recente no continente africano, as perspetivas para 2016 e 2017 e os fatores impulsionadores do lado da oferta e da procura, bem como os efeitos de uma evolução adversa dos termos de troca, a qual afeta também a situação orçamental e as contas correntes.

  • No geral, os fluxos financeiros externos em África continuaram estáveis, apesar da queda do preço das matérias-primas. Este capítulo analisa as tendências relativas a estes fluxos, quer a redução do investimento direto estrangeiro e do investimento de carteira, quer a subida das remessas dos emigrantes e da ajuda pública ao desenvolvimento. O capítulo analisa, igualmente, a receita fiscal em África, que registou uma diminuição devido à queda nas receitas provenientes de recursos naturais. Esse também aborda as oportunidades e desafios das políticas para atração de fluxos financeiros, incluindo a necessidade de estabilizar os fluxos externos e de implementar políticas estruturais de médio e longo prazo, que estejam incluídas no âmbito da Agenda 2063 da União Africana e que busquem o desenvolvimento do continente.

  • Em África, o crescimento acelerado desde o ano 2000 veio aumentar as oportunidades de promoção do comércio, enquanto o continente procura reforçar a integração entre as suas regiões, com o objetivo de impulsionar mais o crescimento e a criação de emprego. Este capítulo analisa a evolução do comércio, dos fluxos de investimento, da integração e da convergência de rendimentos entre regiões e países. São propostas formas por meio das quais os tomadores de decisões políticos possam promover o crescimento e aproveitar as oportunidades comerciais, afim de que a disparidade de rendimentos diminua mais rapidamente. São igualmente analisados o setor financeiro, as infraestruturas e as novas e maiores zonas de comércio, examinando em que medida podem contribuir para este esforço.

  • Este capítulo analisa os progressos verificados em África na ótica do desenvolvimento humano e formula previsões com base nas tendências atuais. É utilizada uma abordagem sub-regional para analisar o progresso das capacidades humanas relativamente às condições de vida, vidas saudáveis e aumento do conhecimento. O capítulo explora, igualmente, o impacto negativo da desigualdade – nomeadamente da desigualdade de género – em todos os níveis do desenvolvimento humano. O progresso humano na expansão das cidades e dos assentamentos humanos é abordado no contexto da Agenda global 2030 e da Agenda 2063 para África. O capítulo termina com um conjunto de boas práticas, com base em experiências de vários países na promoção do progresso humano, através de assentamentos humanos mais equitativos e sustentáveis.

  • Este capítulo analisa as tendências de governação que afetam as perspetivas económicas em África, examinando os padrões mais recentes sobre o funcionamento das instituições públicas africanas. Aborda-se em que medida a qualidade do fornecimento dos serviços públicos e o desempenho das instituições correspondem às expetativas dos cidadãos, bem como as melhorias exigidas pelos cidadãos e a forma como os governos têm respondido. Por fim, o capítulo esboça as perspetivas para 2016. Em primeiro lugar são formuladas as constatações iniciais, sendo apresentada nas secções subsequentes a forma como se chegou a essas conclusões.