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Dinâmicas do desenvolvimento em África 2021

Transformação digital e empregos de qualidade

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Dinâmicas do desenvolvimento em África usa as lições de cinco regiões do continente – África Central, África Oriental, Norte de África, África Austral e África Ocidental – para desenvolver recomendações em matéria de políticas públicas e partilhar boas práticas. Com base nas estatísticas mais recentes, esta análise das dinâmicas de desenvolvimento visa ajudar os líderes africanos a cumprirem as metas da Agenda 2063 da União Africana a todos os níveis: continental, regional, nacional e local.

A edição de 2021, agora publicada no início do ano, analisa a forma como a digitalização pode criar empregos de qualidade e contribuir para a concretização da Agenda 2063, tornando assim as economias africanas mais resilientes à recessão mundial desencadeada pela pandemia do COVID-19. O relatório identifica quatro áreas principais para a transformação digital de África: colmatar o fosso digital, apoiar a inovação local, capacitar os trabalhadores independentes, e harmonizar, aplicar e monitorizar as estratégias digitais. Esta edição inclui um novo capítulo que analisa as perspetivas de financiamento do desenvolvimento de África no contexto da crise económica mundial de 2020.

Dinâmicas do desenvolvimento em África tem por vocação alimentar o debate entre os membros da União Africana, assim como os cidadãos e os empreendedores. O seu objetivo é contribuir para um novo modelo de colaboração entre países e entre regiões centrado na aprendizagem mútua e na preservação dos bens comuns. O relatório é o resultado de uma parceria entre a Comissão da União Africana e o Centro de Desenvolvimento da OCDE.

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Sumário Executivo

A COVID-19 representa uma ameaça sem precedentes para o financiamento do desenvolvimento em África, uma vez que cria novos riscos e aumenta as dificuldades pré-existentes. No período de 2010-18, o volume de financiamento per capita diminuiu 18% para as receitas internas e 5% para os fluxos financeiros externos. Entre 2019 e 2020, estima-se que o rácio impostos/produto interno bruto (PIB) diminua cerca de 10% em, pelo menos, 22 países africanos; o total das poupanças nacionais poderá diminuir 18%, as remessas dos emigrantes 25% e o investimento direto estrangeiro 40%. Os doadores comprometeram-se a manter a ajuda pública ao desenvolvimento nos níveis anteriores à crise, mas a sua capacidade poderá depender das tendências económicas. Este choque conduziu a um aumento da despesa pública com a saúde e de apoio à atividade económica, o que deverá implicar uma duplicação dos défices orçamentais. Por conseguinte, a dívida de África aumentará para cerca de 70% do PIB em USD a preços correntes e ultrapassará o limiar de 100% do PIB em, pelo menos, sete países. A moratória da dívida do G20, iniciada em abril de 2020, proporciona aos países africanos o alívio tão necessário, mas continua a ser insuficiente. A suspensão e, em alguns casos, a reestruturação da dívida podem revelar-se necessárias para libertar recursos essenciais para a realização da Agenda 2063: A África que queremos da União Africana. Sempre que possível, as negociações da dívida devem incluir o grupo crescente de credores privados

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